Banco de jardim

Deixaste-me naquele banco de jardim, ainda com a madeira fria, e com um jornal que alguém deixara lá.
Disseste para esperar por ti, e eu sentei-me e pus-me a imaginar o que terias ido fazer. Entre as mil e uma coisas que me passam pela cabeça, imaginei que tinhas ido buscar um pedaço da lua, apenas para me veres sorrir, imaginei-te a chegar num cavalo branco para me levar a passear na praia.
Demasiada ilusão, certo!

Afinal foi tudo em vão, esperei por ti dias e noites inteiras, sentada naquele banco que tem o rasto que deixei por lá, sempre na esperança que viesses! Agora espero por ti, talvez resolvas aparecer ou desisto, e saio finalmente deste banco quem me tem suportado durante todas estas infinitas horas ?


CatarinaFonseca